Friday, December 19, 2014

Soneto para Leila


O mundo inteiro hoje a mim se apega
E cala no silêncio que repete
Meu grito ensandecido que reflete
A voz que de teu ventre parte e cega

O Lobo guarda hoje a dose certa
Da essência entorpecente que recebe
Um deus tão poderoso cala e pede
A paz que de teu beijo parte a entrega

Não fosse a poesia de tua alma
Não fosse o denso verde dos teus gestos
Seria a divindade do teu canto

E nessa tempestade insana e calma
As flores talvez façam o que não presto:
Dizer a ti, mau anjo, o quanto a amo



(o único Soneto que tive a audácia de escrever na vida.
Escrito há 16 anos... ...e contando!)






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