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"Eu não sou o que você vê. Eu vivo do outro lado!"
(Montréal - abril de 2013)
"Este corpo não sou eu!
A partir de hoje, eu estarei em algum outro lugar... ...estarei por aí!!
Olhando esse corpo agora, nenhum de vocês é capaz de me ver: ele é frágil, ele é feio, ele é frio!
Nele não existe mais a poesia que pautou minha vida por todos os lugares onde passei - a poesia que em algum momento, de alguma forma, tocou alguns de vocês!
Essa poesia continua comigo e assim será pra sempre!
Esse corpo acabou, e como tal deveria voltar pro lugar de onde veio: para a terra, para as plantas, flores, frutos! Mas as leis dos homens exigem uma caixa - um caixão. Espero que seja o mais simples e barato. Se queimado, lancem as cinzas desse corpo por aí - casualmente por aí, onde for mais fácil e incomodar menos. Se enterrado, que seja em uma vala simples qualquer, como exige a lei, identificada apenas por uma pedra - a mais simples e barata! Nessa pedra, que seja escrito de forma imprecisa e efêmera - como esse corpo - meu nome, as datas de nascimento e morte, e se possível a frase:
"Este corpo não sou eu! A partir de hoje, eu estarei em algum outro lugar... ...estarei por aí!!"
Por favor, não visitem esse túmulo de tempos e tempos, nem tampouco tragam flores a esse corpo que não sou eu. Ofereçam à mim onde quer que vocês estejam, um sorriso ao vento, um pôr de sol, uma canção, e aos mais ousados, eu pediria que em meu nome - sem que seja necessário dizer meu nome, por favor - ofereçam flores a um desconhecido, pela rua! Corpos ainda vivos que precisam muito mais de flores do que esse corpo onde não estou mais.
Eu estou na poesia das flores."Este corpo não sou eu! A partir de hoje, eu estarei em algum outro lugar... ...estarei por aí!!"
Um beijo à todos. E saiam logo daqui!! Aqui não há mais vida!! A vida de vocês está lá fora e o tempo passa rápido!
Vamos saiam. Vocês ainda têm muito à fazer e muito à aprender!!!
Vamos, acabem com isso e vivam, beijem muito, amém muito, sorriam o máximo que puderem, chorem quando for preciso, ajudem outras pessoas e... ...aos mais ousados, dêem flores à desconhecidos! Talvez uma flor desconhecida em minhas mãos, em um dos caminhos por onde passei tivesse feito toda diferença!
Eu amo vocês! Assim como amei minha vida - que continua agora por outras veredas!
Até sempre!!!"
"às vezes ela nos dá coisas pra que a gente aprenda; enquanto às vezes nós repetimos a mesma coisa pra tentar aprender com ela!"