Vivemos em um mundo pobre.
Mundo que me mostra a todo instante que
Nesse mundo não existo.
Nesse mundo não existo.
Onde existe beleza, o que se vê é um corpo.
Onde existe espírito, o que se vê é religião.
Onde existe vida, o que se vê é o dinheiro.
Onde existe voz, o que se vê são vitrines quebradas.
Onde existe histórias, o que se vê são rugas.
Onde existe sonho, o que se vê são piadas.
Onde existe paixão, o que se vê são corações partidos!
Nesse mundo de pobrezas sóbrias, não: eu não existo.
Não sou mais do que um corpo ateu.
Mais um punhado de pouco dinheiro,
uma vitrine quebrada,
umas tantas rugas
- uma piada.
uma vitrine quebrada,
umas tantas rugas
- uma piada.
Nada mais do que um coração partido!
E o mundo que me define não se engana nem no fato, nem na proporção.
Mas não é por não existir para o mundo, que deixo de existir pra mim mesmo.
Em minha 'não-existência'
eu sou um corpo buscando a beleza.
eu sou um corpo buscando a beleza.
Sou um ateu buscando o espírito.
Um monte de dinheiro buscando o que seja a vida.
Uma vitrine quebrada que busca a coragem da pedra.
Sou as rugas que buscam a intensidade de suas histórias.
A piada que nunca vai deixar de buscar o sonho.
Sou a lágrima que não vive sem paixão!
Por 99 vezes me encontrei perdido nesse mundo,
...e por outras 99 vou buscar esse caminho.
Pois em fato e proporção eu não existo nesse mundo.
Eu só existo nessa busca.
...é nessa busca tenho o lugar onde eu sempre vou me encontrar!
(outras 2 vezes 99 vezes se preciso for!)
Sempre! Seguir para a frente e para o alto - este é o caminho para o mundo, o nosso mundo!
ReplyDeleteGrande abraço, Gullicci!