E cala no silêncio que repete
Meu grito ensandecido que reflete
A voz que de teu ventre parte e cega
O Lobo guarda hoje a dose certa
Da essência entorpecente que recebe
Um deus tão poderoso cala e pede
A paz que de teu beijo parte a entrega
Não fosse a poesia de tua alma
Não fosse o denso verde dos teus gestos
Seria a divindade do teu canto
E nessa tempestade insana e calma
As flores talvez façam o que não presto:
Dizer a ti, mau anjo, o quanto a amo
(o único Soneto que tive a audácia de escrever na vida.
Escrito há 16 anos... ...e contando!)
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