Toda arte deveria ser um desvio
Um desvio da norma
Um desvio do que se espera
Não um atalho
Mas um caminho mais intenso
Ser do senso, o contra-senso
Da mesa posta, ser o faminto
De cada resposta
Ser a nova pergunta
Pois a arte não responde!
Se junta ao devaneio
E a urgência do artista
em subverter-se
revolucionar-se
incendiar-se de incertezas
diante da certeza de estar vivo
A arte desvia o caminho certo
rumo ao incerto
Repleto de possibilidades
Sedento de paixões
Entregue aos desejos
de uma alma que é humana
Incompleta
Imperfeita e livre
Livre pra explorar caminhos novos
E duvidar do que é certo
Duvidar do que é óbvio
Duvidar do que é sagrado
idolatrado e subserviente
E essa mesma liberdade
Cheia de paixão e rebeldia
Subverte mesmo o artista e anuncia
Ser o desvio da própria arte
E dessa arte que se encontra no desvio
Nasce a paixão, a rebeldia e a liberdade
E desse todo são a parte e a contra-parte
Por serem elas o desvio da própria arte
Que seja sempre assim!
ReplyDeleteGrande abraço, Gullicci!