Livres da fome
Livres dos sentimentos pequenos
Livres do mundo doente que as sufoca
Livres dos deuses que disseminam a culpa
Livres dos demônios que matam o amor
Livres da desesperança que mata a vontade de viver
Livres dessa vida que nos mata a cada dia
Os portōes serão abertos
Pra que possamos ver as flores
Pra que possamos enxergar outros limites
Pra que sonhemos com uma outra liberdade
Que não seja aquela que guardamos dentro do peito
Os portões serão abertos
Por que somos capazes de vencê-los
Por que somos capazes de amá-los
E transformá-los em flores
Talvez demore um pouco
Talvez eu nem esteja mais aqui
E nesse caso então, eu lhes peço:
diante de todo esse universo de possibilidades
Por favor
Quando os portões forem abertos
Antes de qualquer coisa
Antes mesmo de celebrar ou sorrir
Não se esqueçam
Libertem as crianças
...pra que elas nos mostrem o caminho!
(Aos meus filhos Mira Serena e Michel Albert)
Belíssimo poema!
ReplyDeleteGosto mto qdo fala: " livre da fome...livre dos pensamentos pequenos"... É um poema q fala do cotidiano sem perde seu lado poético. Mto lindo!