O espelho e a casa vazia
A escuridão das luzes apagadas
O silêncio de nenhuma voz
E o de minha voz calada
A luz que entra pelas frestas
e o descaso das cortinas fechadas
A bagunça que não se mexe há dias
E as portas abertas por onde ninguém passa
Tudo isso são detalhes infinitos
Não há como fugir
E nem como me fazer ficar
Não há resposta à pergunta não feita
Nem cicatriz pra essa ferida exposta
O que existe é o tempo e a poeira
Além do infinito no detalhe de meus olhos fechados!
Portas abertas, por onde ninguém passa....
ReplyDeleteSó o que lá dentro já se encerra...
Sutil, solitário, esperançoso, corajoso diante da solidão, uma solidão com um mínimo lamento. Tudo de bom. Parabéns pelo poema.
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